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Mecânico engole cápsulas de maconha para traficar dentro de presídio e é flagrado em Formosa

Homem de 24 anos foi preso por roubo e identificado com 94 cápsulas no estômago ao tentar entrar na CPP de Formosa; Polícia Penal reforça rigor nos protocolos

06/07/2025 às 17h00 Atualizada em 07/07/2025 às 11h46
Por: Rodrigo Ferreira
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Divulgação | Polícia Penal
Divulgação | Polícia Penal

Formosa (GO) — Um mecânico de 24 anos foi flagrado na noite da última quinta-feira (4) tentando entrar com 110 gramas de maconha na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Formosa, cidade do Entorno do Distrito Federal. O que chama atenção é a forma como o entorpecente foi introduzido no sistema prisional: o homem engoliu 94 cápsulas da droga antes mesmo de cometer o crime que o levaria ao presídio, com a intenção de lucrar com a venda do material ilícito dentro da unidade.

O plano ousado foi frustrado graças ao uso do body scanner, tecnologia empregada pelos agentes da Polícia Penal para reforçar a segurança nas unidades prisionais do Estado de Goiás. A partir das imagens captadas pelo equipamento, os servidores identificaram a presença dos objetos no organismo do detento, que foi imediatamente conduzido ao Hospital Regional de Formosa para exames médicos detalhados.

“Durante sua entrada na CPP, suspeitamos que havia algo errado. Na passagem pelo body scanner, vimos as substâncias ilícitas. Por isso, levamos o preso ao hospital. A tomografia computadorizada sanou nossas dúvidas. Ele passou a madrugada expelindo as cápsulas dentro da cela, separado dos demais apenados”, explica o coordenador da 8ª Regional da Polícia Penal, Ayle Barbosa dos Reis Balbino.

Estratégia criminosa dentro e fora dos muros

Segundo apurado, o homem foi preso por roubar um celular nas ruas da cidade, mas o crime foi premeditado: ele já havia ingerido as cápsulas de droga antes da ação, com a expectativa de ser detido e encaminhado à prisão. A estratégia incluía a entrega do entorpecente a outros presos, com a promessa de receber pagamento pela "encomenda" após ser solto.

“Ele nos disse acreditar que, pelo delito que cometeu, conseguiria ganhar as ruas em dois ou três dias com alvará de soltura. Aí poderia receber o dinheiro, uma vez que não existe a circulação de papel-moeda dentro do sistema penitenciário goiano”, detalha Balbino.

Apesar da tentativa frustrada, o plano do preso escancara a engenhosidade com que facções e criminosos individuais tentam burlar o sistema carcerário, apostando em brechas e eventuais fragilidades. No entanto, os protocolos de segurança e o uso de tecnologia têm se mostrado eficazes em Goiás.

Nova acusação e reforço na segurança

Após a identificação da droga, o mecânico recebeu nova anotação criminal: agora responde também por tráfico de entorpecentes, crime previsto no artigo 33 da Lei de Drogas. O detento e a droga apreendida foram levados para a delegacia da Polícia Civil e, depois, ele foi reconduzido à CPP de Formosa.

O episódio é mais um exemplo do trabalho rigoroso da Polícia Penal, que integra os esforços da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e do Governo de Goiás no enfrentamento ao crime organizado e à entrada de materiais ilícitos no sistema penitenciário.

Histórico de reincidência

Com passagem anterior por homicídio, o detento já havia cumprido pena nas unidades de Simolândia e Formosa. Ele obteve alvará de soltura em 2024, mas voltou a delinquir pouco tempo depois, agora com uma ação que unia roubo e tráfico. Sua ficha criminal se agrava ainda mais com a tentativa de burlar o sistema prisional para lucrar com o comércio de drogas.

Casos como este evidenciam o quanto o rigor nas abordagens e o uso de tecnologias são cruciais para preservar a segurança nas unidades prisionais. A ausência de circulação de dinheiro nas cadeias goianas, somada ao uso sistemático de equipamentos como o body scanner, têm sido elementos determinantes para desarticular planos como o do jovem mecânico.

Prevenção e tecnologia no centro da estratégia

O governo de Goiás tem adotado um modelo de gestão prisional com foco na disciplina e no uso de ferramentas de controle e inteligência. As interceptações e revistas fazem parte da rotina das unidades, como forma de garantir que o preso cumpra, de fato, a pena imposta, sem privilégios ou acesso a materiais ilícitos.

“O preso, aqui, cumpre pena. Não existe meio-termo. A segurança é prioridade, e a Polícia Penal tem feito seu papel com profissionalismo e responsabilidade”, reforça um agente da CPP de Formosa que preferiu não se identificar.

Com 86 unidades prisionais em funcionamento, Goiás mantém diretrizes rígidas que vão desde o controle nas entradas até a impossibilidade de qualquer tipo de conforto que facilite a atividade criminosa intramuros — como a ausência de pontos de energia elétrica nas celas.

Resposta rápida e efetiva

O caso do jovem mecânico ilustra a capacidade de resposta rápida e eficaz da Polícia Penal goiana diante de tentativas cada vez mais criativas de burlar o sistema. Ao mesmo tempo, revela o nível de articulação que certos detentos mantêm com o mundo exterior, mesmo diante de barreiras físicas e operacionais.

Ainda assim, a atuação coordenada entre as instituições do Estado tem conseguido conter esses avanços, fortalecendo a segurança e o respeito à lei.

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