A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), encerrou sua participação na Operação Narke 4, uma força-tarefa nacional voltada ao combate ao tráfico de drogas. A operação, realizada entre os dias 21 e 29 de junho, teve coordenação da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e mobilizou todos os Estados brasileiros, além do Distrito Federal.
Durante os nove dias de operação, foram registrados resultados expressivos em todo o país. De acordo com relatório oficial do MJSP, a força-tarefa resultou em 664 prisões, apreensão de 5,8 toneladas de drogas, recolhimento de 128 veículos, além da incineração de 65 toneladas de entorpecentes. O balanço ainda indica a apreensão de documentos e valores em dinheiro ligados ao crime organizado, com uma estimativa de prejuízo superior a R$ 155 milhões às facções criminosas.
Em Goiás, a operação foi conduzida pela Denarc, com apoio dos Grupos Especiais de Repressão a Narcóticos (Genarcs), que atuam em várias regiões do interior do estado. A mobilização foi parte da estratégia nacional de integração entre forças policiais estaduais, consolidando a atuação em rede no enfrentamento ao tráfico.
A Operação Narke 4 integra um conjunto de ações coordenadas pelo MJSP com o objetivo de fortalecer a Rede Nacional de Unidades de Enfrentamento ao Narcotráfico (Renarc). A Renarc foi criada justamente para melhorar o fluxo de informações e o trabalho conjunto entre as polícias civis dos Estados brasileiros, apostando em inteligência estratégica e ações simultâneas de impacto.
Com o êxito da operação, a Polícia Civil de Goiás reafirma seu papel ativo e eficaz no combate ao tráfico de drogas em território nacional. “A atuação integrada permite uma resposta rápida e contundente contra as organizações criminosas, que operam em redes interestaduais. Ao agirmos juntos, conseguimos atingir pontos sensíveis dessas estruturas e causar um dano real ao tráfico”, destaca um delegado da Denarc, em nota oficial.
As ações coordenadas durante a operação visaram tanto a prisão de traficantes quanto a apreensão de drogas, armas, veículos e bens adquiridos com dinheiro ilícito. A retirada de grande quantidade de entorpecentes de circulação e o prejuízo milionário estimado enfraquecem financeiramente as organizações criminosas.
Além disso, a incineração de 65 toneladas de drogas simboliza não apenas o fim do ciclo de vida desses produtos ilícitos, mas também a vitória do Estado em controlar parte da cadeia do tráfico, retirando o material antes que chegasse aos centros urbanos e às comunidades.
No território goiano, a participação ativa da Denarc e dos Genarcs teve papel crucial na coleta de informações, realização de diligências, cumprimento de mandados e prisões. A Polícia Civil de Goiás tem se destacado por seu trabalho investigativo e sua capacidade de articulação com outros estados, o que tem possibilitado a realização de operações de grande escala.
“A Denarc tem atuado de forma constante no enfrentamento ao tráfico de drogas, e a Narke 4 é um exemplo de como a cooperação interestadual é essencial para o sucesso das investigações. Seguiremos firmes nesse propósito”, pontuou um representante da corporação.
A Operação Narke 4 também reforça o papel da Renarc como ferramenta essencial na luta contra o narcotráfico. A atuação integrada, com compartilhamento de informações estratégicas e operações simultâneas, tem se mostrado eficiente para sufocar financeiramente as estruturas do crime organizado.
A rede funciona como uma plataforma de cooperação, facilitando o planejamento e a execução de operações conjuntas. A Denarc de Goiás é uma das unidades que mais contribuem com dados e apoio tático para a rede, sendo referência no Centro-Oeste brasileiro.
Diante dos resultados alcançados com a Narke 4, a expectativa das autoridades é de que novas fases da operação sejam planejadas para os próximos meses. O modelo de atuação conjunta, que alia inteligência policial e mobilização em larga escala, deve se consolidar como padrão para grandes operações contra o tráfico de drogas.
A meta, segundo o MJSP, é expandir o uso da Renarc, aumentar a capacitação dos agentes envolvidos e manter a pressão sobre as organizações criminosas que operam em diferentes regiões do país. A estimativa de prejuízo de R$ 155 milhões serve como termômetro do impacto real da operação sobre os lucros do tráfico, o que pode desacelerar as atividades desses grupos no curto prazo.
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