Com espírito de liberdade, música de qualidade e o ronco dos motores como trilha sonora, Valparaíso de Goiás celebrou no último fim de semana de junho a 21ª edição do Motofest, um dos eventos culturais mais aguardados do município. O encontro, que já se tornou uma tradição no calendário oficial da cidade, atraiu um público de aproximadamente 4 mil pessoas e contou com a presença de mais de 70 motoclubes vindos de diversas regiões do Brasil.
A celebração começou ainda no início da tarde e se estendeu até a noite, reunindo famílias, motociclistas, comerciantes e fãs de rock em uma atmosfera de confraternização e respeito. O palco principal do evento recebeu oito bandas que animaram o público em uma sequência vibrante de shows, reafirmando a força da música como um dos pilares do Motofest.
Subiram ao palco, nesta ordem, os grupos Madame Joana, Ghost Rider, Terrorcídio, Super Vinil, Estado Revoltoso, Beat 80, Azzarok e Lúpulo. Com repertórios que passearam pelo rock clássico, metal, punk e pop rock nacional, as bandas deram o tom da festa, atraindo fãs e criando uma conexão especial entre artistas e plateia.
Tradição e identidade cultural
O Motofest é mais do que um evento de motociclismo. Ao longo de suas duas décadas de existência, consolidou-se como um espaço plural, aberto à diversidade de públicos e ideias. Realizado sempre no mês de aniversário de Valparaíso de Goiás, o encontro tornou-se um símbolo de identidade cultural e união comunitária, fortalecendo o comércio local, incentivando a ocupação de espaços públicos e promovendo o turismo regional.
“Este é um evento que representa a alma de Valparaíso: uma cidade que acolhe, que celebra suas raízes e que tem orgulho da sua cultura. O Motofest é um presente para a população”, comentou um dos organizadores do evento.
O envolvimento da comunidade também foi destaque. Moradores de diversos bairros participaram do festival, seja como público, expositores ou voluntários. A praça de alimentação, composta por comerciantes locais, também foi bastante movimentada, evidenciando o impacto positivo do evento na economia criativa da cidade.
Motoclubes: espírito de irmandade e respeito
Um dos pontos altos da festa foi a presença marcante dos motoclubes. Mais de 70 grupos participaram da edição deste ano, vindos de cidades do Entorno, do Distrito Federal e de outros estados. Para os motociclistas, o Motofest é mais do que um destino: é um reencontro anual entre irmãos de estrada.
“Estar aqui é uma forma de celebrar nossa paixão pelas motos, mas também de reencontrar amigos, trocar experiências e mostrar que somos uma comunidade unida e pacífica”, afirmou Ana Paula Freitas, integrante de um motoclube de Taguatinga (DF).
Durante o evento, os clubes realizaram desfiles, exposições de motocicletas customizadas e participaram de atividades de integração. A disciplina e a organização dos grupos chamaram atenção do público, que aproveitou para tirar fotos e conhecer mais sobre a cultura motociclística.
Espaço para todos
Além da música e dos motoclubes, o Motofest também é reconhecido por ser um evento acessível e familiar. Crianças, jovens e idosos circularam livremente pela estrutura montada para receber os visitantes, que contou com banheiros químicos, segurança reforçada e área de descanso. O clima foi de tranquilidade e respeito mútuo durante todo o dia.
A 21ª edição do Motofest também reforçou a importância da cultura como ferramenta de inclusão e fortalecimento do tecido social. “É um momento em que todos se encontram, sem distinção. Aqui, o rock une gerações, e a moto é símbolo de liberdade, mas também de responsabilidade coletiva”, disse um dos músicos da banda Estado Revoltoso, que se apresentou durante a tarde.
Valorização da cultura e incentivo ao lazer
Para a gestão pública e os organizadores do evento, o sucesso da 21ª edição é reflexo de um trabalho contínuo de valorização da cultura e incentivo ao lazer como direito da população. Em um contexto em que as cidades buscam alternativas para gerar pertencimento e promover bem-estar, eventos como o Motofest ganham ainda mais relevância.
A expectativa, agora, é de que a próxima edição do evento seja ainda maior, com mais atrações, infraestrutura e engajamento. Os organizadores já avaliam a possibilidade de expandir a programação para dois dias, o que permitiria receber ainda mais visitantes e atrações culturais.
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