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Entorno do DF se destaca em ranking fiscal: três cidades estão entre as mais eficientes de Goiás

Águas Lindas lidera a lista estadual, seguida por Cidade Ocidental e Valparaíso; levantamento do Tesouro Nacional evidencia avanço da região

02/07/2025 às 10h18 Atualizada em 03/07/2025 às 11h12
Por: Rodrigo Ferreira
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Vista da cidade de Águas Lindas de Goiás | Foto: Divulgação
Vista da cidade de Águas Lindas de Goiás | Foto: Divulgação

Três municípios da Região Metropolitana do Entorno do Distrito Federal estão entre os que apresentaram melhor desempenho fiscal em 2024, segundo levantamento divulgado neste mês de junho pelo Tesouro Nacional. O ranking estadual coloca Águas Lindas de Goiás no topo da lista, Cidade Ocidental em quarto lugar e Valparaíso de Goiás na sexta posição.

Os dados fazem parte da nova edição da Capag (Capacidade de Pagamento), metodologia adotada pelo Tesouro Nacional para avaliar a saúde fiscal dos entes federativos. O índice considera indicadores como endividamento, poupança corrente e liquidez, permitindo uma análise precisa da gestão das contas públicas municipais.

O bom resultado das cidades do Entorno evidencia um novo momento da região, historicamente marcada por desafios econômicos e sociais, mas que agora desponta como uma área em transformação, com maior equilíbrio fiscal e avanços na gestão pública.

Responsabilidade e apoio estadual

Para o secretário de Estado do Entorno, Pábio Mossoró, o desempenho positivo é resultado direto de uma combinação entre a responsabilidade fiscal adotada pelas administrações locais e o suporte técnico e financeiro oferecido pelo Governo de Goiás.

“Temos prefeitos comprometidos com a boa gestão e que estão fazendo o dever de casa. E o governo estadual tem atuado de forma decisiva para fortalecer essas cidades com investimentos, obras e apoio institucional. Esse resultado é coletivo”, afirmou Mossoró.

A presença das três cidades entre as seis melhores de Goiás é simbólica, já que a região do Entorno sempre esteve entre as mais vulneráveis do estado, especialmente em indicadores como infraestrutura, mobilidade e saneamento. Nos últimos anos, no entanto, ações integradas entre prefeituras e o governo estadual vêm mudando esse cenário.

Águas Lindas: liderança inédita

Águas Lindas de Goiás | Foto: Divulgação

Águas Lindas de Goiás conquistou o primeiro lugar no ranking estadual, o que representa um marco na história do município. O bom desempenho reflete o controle de gastos, o aumento da arrecadação própria e o equilíbrio nas contas públicas.

Com população estimada em mais de 200 mil habitantes, a cidade tem ampliado investimentos em áreas prioritárias como saúde, educação e infraestrutura, sem comprometer a sustentabilidade fiscal.

Segundo dados extraoficiais, o município também tem sido destaque na captação de recursos federais e estaduais, o que permite ampliar os serviços públicos sem gerar endividamento excessivo.

Cidade Ocidental e Valparaíso em alta

A quarta posição conquistada por Cidade Ocidental e a sexta de Valparaíso de Goiás confirmam o avanço da gestão pública na região do Entorno. Ambas as cidades têm investido em políticas de modernização administrativa, revisão de contratos, digitalização de serviços e qualificação dos servidores.

Além disso, há um esforço conjunto de atualização dos cadastros imobiliários, incremento na fiscalização tributária e políticas de incentivo à formalização de micro e pequenas empresas. Essas medidas impactam diretamente na arrecadação e no equilíbrio financeiro.

Valparaíso, por exemplo, tem apostado em parcerias público-privadas e na atração de novos empreendimentos para aquecer a economia local e gerar empregos, ao mesmo tempo em que mantém o controle das finanças públicas.

Entorno como novo vetor de crescimento

O bom desempenho fiscal dos municípios do Entorno reforça o papel estratégico da região como um dos principais vetores de crescimento de Goiás. Localizadas em áreas de transição entre o DF e o interior goiano, essas cidades têm papel importante na integração econômica e social do Centro-Oeste.

O governo estadual tem priorizado investimentos na região, com obras de mobilidade, ampliação da rede de saúde e programas de habitação e regularização fundiária. Segundo o próprio governador Ronaldo Caiado, a ideia é transformar o Entorno em uma região autônoma e com infraestrutura capaz de sustentar seu crescimento populacional acelerado.

“O equilíbrio fiscal é a base para qualquer política pública efetiva. Esses municípios estão mostrando que é possível crescer com responsabilidade”, reforçou o secretário Pábio Mossoró.

Capag: o que é e como funciona

A Capacidade de Pagamento (Capag) é um instrumento criado pelo Tesouro Nacional para avaliar a situação fiscal dos estados e municípios, especialmente aqueles que desejam contrair empréstimos com garantias da União.

A nota atribuída varia de A (excelente) a D (crítica), com base em três indicadores principais:

  • Endividamento: relação entre dívida consolidada e receita corrente líquida.

  • Poupança corrente: diferença entre receita corrente e despesa corrente.

  • Liquidez: capacidade de honrar obrigações financeiras de curto prazo.

No caso das cidades goianas destacadas, todas apresentaram notas compatíveis com grau de excelência em pelo menos dois desses critérios, o que lhes permite maior credibilidade perante instituições financeiras e órgãos de controle.

Impacto na população

O bom desempenho fiscal não é apenas um número em planilha: ele reflete diretamente na vida da população. Cidades que conseguem equilibrar suas contas públicas têm mais capacidade de investir em infraestrutura, saúde, educação e assistência social.

Além disso, o equilíbrio fiscal evita atrasos salariais, amplia a oferta de serviços e cria um ambiente mais atrativo para investidores e empreendedores locais.

Os avanços registrados por Águas Lindas, Cidade Ocidental e Valparaíso são exemplos de que, mesmo diante de desafios históricos, é possível alcançar eficiência na gestão e responsabilidade com os recursos públicos.

Caminho para o futuro

O desafio agora é manter o desempenho e garantir que o equilíbrio fiscal se traduza em melhorias concretas para a população. Com planejamento, transparência e parceria entre esferas de governo, a tendência é que mais cidades do Entorno se somem a esse movimento de avanço.

Para os gestores locais, o reconhecimento do Tesouro Nacional é um incentivo à continuidade do trabalho técnico e responsável. E para a população, é a esperança de que os bons números se reflitam em mais qualidade de vida no dia a dia.

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