O Governo de Goiás, por meio do programa Goiás Social e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), anunciou um investimento de R$ 14 milhões em bolsas profissionalizantes para alunos das Escolas do Futuro de Goiás (EFGs) e das Unidades Descentralizadas de Ensino Profissionalizante (Udepis). Mais de 3,6 mil estudantes matriculados em cursos técnicos e de qualificação nas áreas de tecnologia e artes começarão a receber, ainda este ano, entre R$ 300 e R$ 400 mensais.
O benefício, viabilizado com recursos do Fundo Protege, tem como objetivo principal garantir a permanência dos alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica nos cursos, incentivando sua formação técnica e profissional, com foco na inclusão produtiva e no acesso ao mercado de trabalho.
As bolsas contemplam estudantes das EFGs localizadas em Goiânia — incluindo a unidade de tecnologia e a Escola de Artes Basileu França — e nas cidades de Aparecida de Goiânia, Santo Antônio do Descoberto, Mineiros e Valparaíso, além dos polos das Udepis, presentes em 14 municípios do estado.
Inclusão e qualificação como ferramentas de transformação
A coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, destacou a importância das bolsas como instrumento de emancipação social por meio da educação. “A educação é o principal caminho para a conquista da emancipação social e superação da pobreza. Por isso, a Bolsa Profissionalizante é uma importante frente de trabalho do Goiás Social, ao dar o apoio necessário para que os alunos das Escolas do Futuro em situação de vulnerabilidade possam concluir o seu curso e, assim, chegarem ao mercado de trabalho muito bem preparados”, afirmou.
Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto, a medida reafirma o papel transformador da educação técnica em Goiás. “Isso reforça o papel social da educação técnica, permitindo que mais goianos tenham acesso à formação de qualidade nas áreas de tecnologia, inovação e artes. É o Governo de Goiás mostrando que o tech e a arte também são sociais e podem mudar a vida dos goianos”, pontuou.
Critérios de participação e etapas de seleção
Para ter acesso à bolsa, o aluno precisa estar com matrícula ativa em uma das EFGs ou Udepis, manter frequência mínima de 75% e ter nota igual ou superior a 6. Além disso, deve atender a pelo menos um critério socioeconômico, como estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) ou possuir renda familiar per capita inferior a dois salários mínimos.
A seleção será dividida em duas etapas. A primeira, voltada exclusivamente para estudantes com CadÚnico e oriundos de escolas públicas, será feita de forma automática, sem necessidade de inscrição. O resultado final dessa fase será divulgado no dia 27 de junho.
Já a segunda etapa é destinada a alunos que não estão no CadÚnico, mas que se enquadram nos critérios de renda e vulnerabilidade. Neste caso, é necessário comparecer presencialmente à secretaria da EFG ou Udepi onde está matriculado, entre os dias 30 de junho e 4 de julho. O resultado será divulgado em 23 de julho.
Restrições e programas complementares
Os alunos da Escola do Futuro em Artes Basileu França que já participam do programa Bolsa Artista — com bolsas mensais de até R$ 1.200 — não poderão acumular o novo benefício. Atualmente, o Bolsa Artista atende 321 estudantes com um investimento total de quase R$ 3,5 milhões só em 2025.
A exclusividade de cada programa busca garantir a distribuição equitativa dos recursos e o atendimento a um número maior de beneficiados.
Educação técnica como política pública estruturante
O programa de bolsas é mais uma das frentes do Goiás Social, política pública que tem concentrado esforços em combater a vulnerabilidade e promover autonomia entre as famílias de baixa renda. A aposta na formação profissional técnica e na valorização das artes e da inovação tecnológica faz parte de uma visão de desenvolvimento sustentável, que integra capacitação, dignidade e oportunidades reais de emprego.
As Escolas do Futuro de Goiás têm se destacado como polos de inovação e educação de qualidade no estado. Com cursos gratuitos voltados para o desenvolvimento de competências digitais, criativas e empreendedoras, essas instituições vêm formando uma nova geração de profissionais aptos a enfrentar os desafios do mercado de trabalho e da nova economia.
Com o apoio da bolsa, o Governo de Goiás busca ampliar ainda mais o alcance das EFGs, consolidando a educação técnica como uma ferramenta estratégica para a inclusão social e o crescimento econômico.
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