Incêndio em depósito de medicamentos em Valparaíso termina com prisão em flagrante

Um incêndio de grandes proporções destruiu um depósito de medicamentos de uma farmácia no setor Esplanada I, em Valparaíso de Goiás, na tarde da última sexta-feira (21). A ação foi provocada de forma intencional e resultou na prisão em flagrante do autor do crime, identificado e capturado por policiais militares durante o atendimento à ocorrência.

A Polícia Militar de Goiás, por meio de uma equipe do 20º Batalhão, unidade subordinada ao 5º Comando Regional da PM (CRPM), foi acionada para dar suporte ao Corpo de Bombeiros Militar, responsável pelo combate às chamas. Os militares os cabos Borges e Lúcio, colheram informações com testemunhas e conseguiram localizar o responsável pelo incêndio ainda nas proximidades do local.

De acordo com a PM, o suspeito tem diversas passagens pela polícia. “Durante os levantamentos no local, conseguimos identificar o autor, que confessou ter ateado fogo no imóvel. Diante dos fatos, efetuamos a prisão e o conduzimos à Delegacia de Polícia Civil”, relataram os cabos da equipe.

O incêndio causou prejuízos significativos à farmácia. O depósito, onde estavam armazenados medicamentos e insumos, foi completamente tomado pelas chamas. O Corpo de Bombeiros conseguiu controlar o fogo antes que se alastrasse para outras áreas do prédio ou imóveis vizinhos, evitando danos ainda maiores.

Segundo informações preliminares, não houve vítimas no incidente, mas a estrutura física do depósito ficou comprometida. A perícia técnica foi acionada para avaliar os danos e contribuir com as investigações.

A motivação exata do crime ainda está sendo apurada. Conforme informações repassadas por testemunhas à polícia, o suspeito teria vínculos anteriores com o local, o que pode indicar alguma forma de retaliação ou desavença pessoal. No entanto, a polícia ainda não confirmou essa versão oficialmente.

A delegacia de Valparaíso de Goiás ficará responsável pela condução do inquérito. O homem preso deverá responder por crime de incêndio criminoso, previsto no artigo 250 do Código Penal, que trata da exposição da vida ou patrimônio de outrem a perigo. A pena pode chegar a seis anos de reclusão, podendo ser aumentada se houver agravantes.

A Polícia Civil informou que segue ouvindo testemunhas e coletando imagens de câmeras de segurança da região para complementar o inquérito. As investigações agora buscam entender se o crime foi praticado com ajuda de terceiros ou se houve algum planejamento prévio.

O caso chamou atenção dos moradores da cidade, principalmente pela velocidade com que o fogo se espalhou e pela presença de produtos inflamáveis no local. Vídeos feitos por populares circularam nas redes sociais mostrando a intensa fumaça e o trabalho dos bombeiros para controlar as chamas.

O Corpo de Bombeiros reforça a importância de manter medidas de segurança e prevenção contra incêndios, especialmente em locais que armazenam materiais sensíveis, como medicamentos e produtos químicos. Em nota, a corporação informou que o combate ao fogo durou cerca de duas horas e mobilizou viaturas de combate a incêndios.

Já a farmácia atingida ainda não divulgou uma nota oficial, mas informou, de maneira preliminar, que o atendimento ao público está suspenso temporariamente. Os proprietários contabilizam os prejuízos e aguardam os laudos técnicos para definir os próximos passos.

A atuação rápida das forças de segurança foi essencial para impedir que o incidente tomasse proporções ainda maiores. “A prisão do autor em flagrante é um resultado importante da integração entre as forças de segurança do estado”.

Casos de incêndio criminoso têm crescido nos últimos anos em todo o país, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A destruição de patrimônios privados e públicos por meio do fogo muitas vezes está ligada a conflitos pessoais, extorsões ou represálias, o que reforça a importância de investigações minuciosas e da punição exemplar dos autores.

A expectativa agora é de que a Polícia Civil conclua o inquérito nas próximas semanas e encaminhe o caso ao Ministério Público para posterior oferecimento de denúncia à Justiça.