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Ahmedabad, Índia – Um trágico acidente aéreo ocorrido nesta quinta-feira (12) deixou 242 mortos em Ahmedabad, no noroeste da Índia. A queda do avião da Air India ocorreu apenas cinco minutos após a decolagem, às 13h38, horário local, e foi confirmada pela Diretoria de Aviação Civil do país e pela polícia da cidade. Todos os passageiros e membros da tripulação morreram no impacto.
Segundo o chefe de polícia de Ahmedabad, Gyanendra Singh Malik, “não há sobreviventes entre os 242 ocupantes da aeronave”. A informação foi divulgada inicialmente pela agência Associated Press e rapidamente repercutiu em veículos internacionais.
Mas um novo desdobramento traz um fio de esperança em meio à tragédia que abalou o mundo. Contrariando as primeiras informações divulgadas pelas autoridades indianas, um homem sobreviveu à queda do avião da Air India que transportava 242 pessoas e caiu próximo ao aeroporto de Ahmedabad. A confirmação foi feita pelo comissário de polícia da cidade, GS Malik, à CNN News 18, rede afiliada da CNN.
A aeronave, um Boeing 787-8 Dreamliner registrado como VT-ANB, partiu do aeroporto de Ahmedabad com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres. Entre os 232 passageiros, estavam 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. A bordo também estavam 10 tripulantes.
A queda e o impacto em solo
O avião caiu em uma área residencial logo após atingir sua altitude inicial de 625 pés (cerca de 190 metros). A imprensa local afirma que o impacto ocorreu diretamente sobre um refeitório anexo à faculdade de medicina da cidade, gerando grande destruição. Ainda não se sabe quantas pessoas estavam no prédio no momento da colisão, mas há preocupação com vítimas em terra.
Imagens captadas por moradores mostram uma parte da fuselagem sobre o topo do edifício atingido, completamente carbonizado pela explosão. Bombeiros locais foram mobilizados imediatamente para conter o fogo e resfriar os destroços, que ainda estavam fumegantes horas após o acidente.
“O que estamos presenciando é devastador”, afirmou o primeiro-ministro britânico Keir Starmer. “As cenas que estão surgindo de um avião com destino a Londres transportando muitos cidadãos britânicos caindo na cidade indiana de Ahmedabad são devastadoras.”
Resposta emergencial
O exército indiano deslocou 130 militares, incluindo médicos e paramédicos, para auxiliar nos trabalhos de resgate, remoção dos destroços e atendimento a possíveis feridos em solo. O hospital militar de Ahmedabad foi colocado em alerta para receber eventuais vítimas.
Em nota, o governo local afirmou que a prioridade, neste momento, é “prestar apoio às famílias das vítimas e apurar a extensão dos danos em terra”. Autoridades locais continuam avaliando se houve mortes entre os residentes do prédio atingido.
Trajetória do voo e início da investigação
Dados do sistema Flightradar24 revelam que o avião teve uma rápida ascensão até a altitude máxima de 625 pés antes de iniciar uma brusca descida a uma taxa de -475 pés por minuto. A velocidade incomum pode indicar falhas técnicas críticas nos momentos iniciais do voo, mas especialistas ainda aguardam os registros da caixa-preta para confirmar a causa.
A Air India informou que colaborará integralmente com as investigações. “Estamos profundamente entristecidos com o acidente envolvendo uma de nossas aeronaves. Nossos pensamentos estão com as famílias das vítimas, e oferecemos total apoio às autoridades responsáveis pela apuração dos fatos”, disse a companhia em nota.
Impacto internacional
Além da tragédia humanitária, o acidente mobilizou a diplomacia internacional. O governo britânico confirmou que acompanha o caso com atenção e já entrou em contato com familiares das vítimas britânicas. Portugal também se manifestou oficialmente, lamentando a morte de sete de seus cidadãos.
“O governo português está em contato com as autoridades indianas e britânicas para obter informações mais detalhadas sobre o acidente. Nossa embaixada está à disposição das famílias”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal.
O Canadá, que teve um único cidadão a bordo, também emitiu nota expressando pesar e oferecendo apoio consular aos familiares.
Segurança aérea sob questionamento
O acidente reacende discussões sobre a segurança operacional da Air India e sobre a regulação de voos comerciais no país. O Boeing 787-8 Dreamliner é considerado um dos modelos mais seguros da aviação comercial, o que levanta dúvidas sobre falhas mecânicas específicas ou erros humanos.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) e a Boeing foram notificadas e deverão enviar técnicos para a Índia nos próximos dias.
A tragédia também pode afetar a imagem da companhia aérea, que está em processo de reestruturação desde que foi privatizada em 2022. Especialistas apontam que a resposta da empresa e a transparência das investigações serão fundamentais para manter a confiança do público.
Comoção nacional e luto
Em Ahmedabad, cidade com mais de cinco milhões de habitantes, a comoção tomou conta das ruas. Milhares de moradores se aproximaram da região do acidente para tentar entender o que havia acontecido, enquanto a polícia isolava a área.
O governo indiano decretou luto oficial de três dias. O primeiro-ministro Narendra Modi afirmou em nota que o país está “chocado e de luto por esta tragédia imensurável” e prometeu apoio às famílias.
A Universidade Médica de Ahmedabad, que teve parte de sua estrutura atingida, suspendeu as aulas e também anunciou luto acadêmico.
Próximos passos
As investigações estão sendo conduzidas por uma força-tarefa composta por autoridades da aviação civil, peritos forenses, representantes da Air India e observadores internacionais. A expectativa é que a análise da caixa-preta traga respostas nos próximos dias.
Enquanto isso, o mundo acompanha com pesar o desdobramento de uma das maiores tragédias aéreas da história recente da Índia.
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