A Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou, na quinta-feira (8), a Operação Laço de Aço para investigar um crime de roubo com violência extrema ocorrido em uma fazenda na zona rural de Pirenópolis, a cerca de 130 quilômetros de Goiânia e a 147,5 quiômetros de Brasília. A ação resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em Pirenópolis e Aparecida de Goiânia, cidades onde residiriam os principais suspeitos.
O crime investigado aconteceu na noite de 29 de novembro de 2024. Na ocasião, dois homens armados invadiram a residência da vítima e, além de ameaçá-la de morte, a amarraram com abraçadeiras de plástico e simularam um enforcamento com um fio de energia elétrica. A dupla exigiu ainda que a vítima realizasse um depósito em dinheiro até o dia seguinte, sob ameaça de execução.
Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), a brutalidade do ato revela não apenas a periculosidade dos criminosos, como também um nível elevado de premeditação. “A forma como os suspeitos conduziram o crime, impedindo inclusive a fuga da vítima ao sabotar sua motocicleta, demonstra que tudo foi calculado com antecedência”, informou a delegacia, em nota.
Violência e intimidação como métodos
Durante a ação criminosa, os assaltantes mantiveram a vítima sob ameaça constante com arma de fogo e empregaram técnicas de intimidação psicológica, como o enforcamento simulado, o que agravou o trauma do morador da fazenda. A abordagem foi descrita como “cruel e desumana” pela equipe responsável pelas investigações.
Ao final do roubo, foram levados aproximadamente R$ 1 mil em dinheiro, dois celulares e joias. Para dificultar qualquer tentativa de reação ou denúncia imediata, os criminosos danificaram a motocicleta da vítima, impedindo-a de se locomover.
Investigação detalhada levou à operação
A operação Laço de Aço é resultado de meses de investigação da DERCR, que identificou pistas sobre a identidade e localização dos suspeitos. “Foram apurados elementos suficientes para a solicitação das medidas judiciais de busca e apreensão”, explicou a Polícia Civil.
Com base em depoimentos, imagens de câmeras de segurança da região e análise de dados telefônicos, os investigadores chegaram a indícios da participação de indivíduos que vivem em Pirenópolis e Aparecida de Goiânia.
Foco nos crimes rurais
A Polícia Civil reforça o compromisso com a segurança nas áreas rurais, que têm sido alvo frequente de criminosos devido ao isolamento geográfico e à menor presença policial. “Nosso trabalho é contínuo e prioritário no combate aos crimes praticados em propriedades do campo”, afirmou a DERCR.
A delegacia também reforça a importância da colaboração popular. Informações anônimas podem ser repassadas por meio dos canais oficiais da polícia e são consideradas essenciais para o avanço das investigações.
Outros envolvidos podem ser identificados
As diligências continuam, e a Polícia Civil não descarta a possibilidade de envolvimento de outras pessoas no crime. “Seguimos colhendo provas e trabalhando com a hipótese de uma associação criminosa com atuação regional”, destaca a equipe de investigação.
A operação Laço de Aço faz parte de um esforço mais amplo da PCGO para combater crimes rurais em Goiás, uma modalidade que exige estratégias específicas devido à complexidade logística e ao contexto socioeconômico das vítimas.
População pode colaborar com denúncias
A Polícia Civil orienta que qualquer pessoa que tenha informações relevantes sobre o caso entre em contato por meio do Disque Denúncia 197. O anonimato é garantido, e cada informação pode ser decisiva para o encerramento das investigações e a responsabilização dos culpados.
“Nosso objetivo é garantir justiça à vítima e devolver a sensação de segurança aos moradores da zona rural de Pirenópolis e região”, conclui a nota da DERCR.
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