Pascoal Oliveira Ramos, de 70 anos, está desaparecido desde o dia 16 de abril, quando saiu de casa no bairro Santa Maria, no Distrito Federal, com destino ao Vale do Pedregal, em Novo Gama (GO), onde costumava cuidar de plantas em um lote de sua propriedade. Desde então, a família vive dias de aflição, sem nenhuma notícia concreta sobre o paradeiro do idoso.
Com hidrocefalia diagnosticada há oito anos, Pascoal saiu de casa por volta das 7h da manhã levando apenas as chaves, a identidade e o cartão do passe livre. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele fechou o portão da residência e seguiu caminhando pela rua. Ele usava uma regata azul-escura, bermuda jeans e chinelos cinza. Desde então, nenhum contato foi feito e nenhuma movimentação bancária foi identificada.
“Ele nunca havia desaparecido antes. Sempre voltava no mesmo dia, nunca demorava”, afirma Luana Oliveira, filha de Pascoal, em entrevista comovida. “Meu pai não tinha vícios, não devia ninguém, não tinha rixas. Não faz sentido nenhum esse desaparecimento.”
Últimas informações e investigações em andamento
Testemunhas disseram ter visto Pascoal, por volta das 9h da manhã, no bairro Goiás, em Novo Gama, local onde ele possui um lote que pretendia vender. Desde então, surgiram relatos de possíveis aparições no bairro Jardim Ingá, em Luziânia (GO), mas nenhuma informação foi confirmada pelas autoridades.
A busca por Pascoal tem mobilizado os filhos, Samuel e Luana, além de amigos e voluntários. A família já procurou hospitais, rodoviárias, abrigos, matagais e córregos da região. Drones foram utilizados para sobrevoos nas áreas próximas ao trajeto que ele teria feito, mas nenhum vestígio foi encontrado.
A investigação está sendo conduzida pela 33ª Delegacia de Polícia de Santa Maria e também conta com apoio da 5ª Delegacia Regional de Polícia de Goiás, sediada em Luziânia. Até agora, porém, não houve avanços significativos.
Medicação e condição de saúde agravam preocupação
Segundo os filhos, Pascoal estava lúcido no dia do desaparecimento, mas havia cinco dias que não tomava a medicação para controle da hidrocefalia — uma condição que pode provocar episódios de confusão mental e perda de memória, especialmente em pessoas idosas.
“Isso aumenta ainda mais a nossa preocupação, porque ele pode estar desorientado e sem saber como voltar para casa”, explica Samuel Oliveira. A família destaca que o idoso deixou o celular e o dinheiro em casa, o que dificulta a possibilidade de rastreamento ou contato.
Recompensa e apelo da família
Na tentativa de obter pistas concretas, os familiares estão oferecendo uma recompensa de R$ 10 mil para quem fornecer informações que levem ao paradeiro de Pascoal. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (61) 99204-6157, que está disponível para receber mensagens e ligações.
“Nosso pai completará 71 anos no próximo dia 17 de maio. Nossa esperança é poder celebrar essa data com ele ao nosso lado. Só queremos tê-lo de volta em segurança”, diz Luana, emocionada.
A campanha por informações também está sendo divulgada em redes sociais e em grupos de WhatsApp da região, com fotos e dados atualizados. Cartazes também foram colados em pontos estratégicos dos municípios de Santa Maria, Novo Gama e Luziânia.
Casos como o de Pascoal revelam vulnerabilidade de idosos
Desaparecimentos de idosos, como o de Pascoal, têm se tornado cada vez mais comuns no Brasil, revelando uma vulnerabilidade social que muitas vezes passa despercebida. Especialistas alertam para a necessidade de medidas preventivas, como o uso de pulseiras de identificação, acompanhamento médico regular e sistemas de monitoramento para pessoas com condições neurológicas.
Além disso, destacam a importância de um olhar atento da comunidade e das autoridades para situações em que a autonomia dos idosos pode colocá-los em risco.
Enquanto a família de Pascoal segue buscando respostas, o apelo é claro: qualquer informação, por menor que pareça, pode ser decisiva. A colaboração da população é fundamental nesse momento.
Como ajudar
Quem tiver qualquer informação sobre Pascoal Oliveira Ramos pode entrar em contato diretamente com a família pelo telefone (61) 99204-6157. A identidade do informante será preservada. Informações também podem ser comunicadas às delegacias envolvidas na investigação.
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