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Bope e GT3 de Goiás podem reforçar ações no Rio após operação que deixou 121 mortos

Governador Ronaldo Caiado colocou à disposição do governo fluminense forças de elite goianas especializadas em combate de alta complexidade e situações extremas

30/10/2025 às 13h34 Atualizada em 03/11/2025 às 11h02
Por: Rodrigo Ferreira Fonte: Com informações Mais Goiás
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Bope, à esquerda, e GT3, à direita, estão em situação de “pronto emprego” para integrar operação no RJ | Fotos: SSP
Bope, à esquerda, e GT3, à direita, estão em situação de “pronto emprego” para integrar operação no RJ | Fotos: SSP

Goiânia – Um dia após a Operação Contenção, que resultou em 121 mortes no Rio de Janeiro na última terça-feira (28/10), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), ofereceu apoio ao governador Cláudio Castro (PL), colocando à disposição forças de elite da segurança pública goiana. O objetivo é reforçar o patrulhamento e o combate ao Comando Vermelho, facção que tem expandido sua atuação para outros estados.

A oferta foi feita durante uma videoconferência entre as duas gestões. Caso sejam acionadas, as equipes enviadas ao Rio de Janeiro serão compostas por integrantes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, e do Grupo Tático 3 (GT3), da Polícia Civil de Goiás. Ambas são unidades de elite preparadas para enfrentar situações de extrema complexidade, como confrontos armados, sequestros e resgates de reféns.

O papel das forças especiais de Goiás

Criadas em momentos distintos, mas com objetivos semelhantes, as duas unidades são consideradas a linha de frente em operações de alto risco em Goiás. O GT3, por exemplo, foi fundado em 1999 com a missão de atuar em ocorrências de pronto emprego, ou seja, situações que exigem resposta imediata e especializada.

O grupo é composto por policiais civis altamente treinados, que passam por três meses de formação intensiva, incluindo resistência física, preparo psicológico e técnicas de combate tático. Entre as atribuições da equipe estão o enfrentamento de roubos a bancos, sequestros, resgate de reféns e abordagens em áreas elevadas.

Além disso, o GT3 mantém profissionais com habilidades específicas: atiradores de elite (snipers), especialistas em explosivos e negociadores. Por sua natureza de atuação, esses agentes não trabalham em delegacias, sendo acionados apenas em casos graves ou de grande repercussão.

Bope: tradição e estratégia militar

Já o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar de Goiás surgiu em 1989, após o sequestro da filha de um empresário em Goiânia — um episódio que revelou a necessidade de uma tropa com preparo superior para atuar em situações críticas.

Os militares do Bope passam por um treinamento rigoroso, que envolve operações de guerra urbana, combate em ambiente confinado, negociação com criminosos e uso de armamento pesado. Assim como o GT3, a unidade conta com snipers e explosivistas, preparados para atuar em resgates, controle de motins e confrontos armados.

Em abril de 2023, por exemplo, o Bope goiano participou de uma megaoperação interestadual que reuniu forças de segurança de Goiás, Mato Grosso e Tocantins. O objetivo era capturar criminosos que haviam invadido e assaltado um quartel da PM e explodido uma empresa de transporte de valores em Confresa (MT). A ação se estendeu por 39 dias, em áreas de mata fechada, e resultou na morte de 18 suspeitos e prisão de cinco.

O Bope também esteve no Rio Grande do Sul, em 2024, auxiliando nas ações de resgate e segurança pública durante as enchentes que devastaram o estado.


Quantos agentes integram as unidades

Nem a Polícia Civil nem a Polícia Militar divulgam oficialmente o número de integrantes das forças de elite, mas segundo informações apuradas pelo portal Mais Goiás, o efetivo somado do Bope e do GT3 seria de aproximadamente 150 policiais.

Esses profissionais representam o núcleo mais treinado das forças de segurança goianas, aptos para enfrentar desde operações de repressão a facções criminosas até resgates em ambientes de catástrofe.


Cooperação entre estados e combate ao crime organizado

A proposta de Caiado reflete uma tendência de integração entre estados para conter o avanço do crime organizado, que tem atuado de forma articulada em diversas regiões do país. O governador goiano destacou que Goiás está pronto para apoiar o Rio de Janeiro com efetivo e logística.

Um histórico de prontidão

Goiás tem se destacado por oferecer apoio operacional a outros estados em momentos de crise. Essa prontidão é resultado de anos de investimento em treinamento e modernização, especialmente em unidades táticas.

As forças de elite goianas também atuam em ações de inteligência integrada, com uso de drones, softwares de rastreamento e tecnologia de reconhecimento facial para apoiar investigações complexas.

O envio de equipes ao Rio de Janeiro, caso seja confirmado, representaria mais um capítulo na trajetória dessas tropas, que se tornaram referência nacional em operações de alta periculosidade e resgate de reféns.

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