
A Polícia Civil do Estado de Goiás prendeu em flagrante, na manhã desta quarta-feira (22), um homem suspeito de armazenar material de exploração sexual infantil em seu computador. A ação foi conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) com o apoio da 1ª Delegacia de Polícia de Valparaíso de Goiás.
A operação foi deflagrada após investigações que apontaram o armazenamento de arquivos contendo imagens e vídeos de crianças e adolescentes em situação de abuso sexual. Diante das evidências, a Justiça autorizou o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do investigado, além da quebra de sigilo telemático de dispositivos eletrônicos utilizados por ele.
Durante o cumprimento da ordem judicial, os policiais civis encontraram no computador do suspeito diversas fotos e vídeos que mostravam crianças nuas, algumas de tenra idade, em chamadas de vídeo com o autor. Todo o material foi imediatamente apreendido e encaminhado para análise pericial.
Com base nas provas colhidas, o homem foi preso em flagrante pelo crime previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que tipifica o armazenamento de material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes.
Segundo a Polícia Civil, a prisão faz parte de um esforço contínuo de combate aos crimes cibernéticos que atentam contra a dignidade sexual de menores. A DERCC tem atuado de forma permanente na identificação e repressão de condutas dessa natureza, que frequentemente ocorrem em ambientes virtuais e aplicativos de troca de mensagens.
A corporação destacou que o trabalho de investigação contou com recursos tecnológicos avançados para rastrear os arquivos compartilhados e armazenados pelo investigado. A análise técnica dos dispositivos apreendidos, incluindo um telefone celular, deve subsidiar o inquérito e possibilitar a identificação de outras pessoas possivelmente envolvidas na rede criminosa.
Em nota, a Polícia Civil de Goiás reforçou o compromisso institucional da DERCC no enfrentamento de crimes que envolvem a exploração sexual de crianças e adolescentes. A corporação enfatizou que essas ações são fundamentais para proteger vítimas e desarticular redes criminosas que atuam na internet.
As investigações continuarão para determinar se o material encontrado estava sendo compartilhado com terceiros ou se o suspeito atuava em grupos voltados à exploração sexual infantil. A Polícia Civil não divulgou a identidade do preso, em conformidade com a legislação que protege o sigilo processual e a imagem dos envolvidos.
Autoridades reforçam a importância da denúncia de conteúdos ou condutas suspeitas relacionadas à exploração sexual infantil. Qualquer cidadão pode acionar a Polícia Civil ou registrar denúncia anônima por meio do Disque 100, canal nacional de proteção aos direitos humanos.
A orientação é que, em casos suspeitos, o usuário não compartilhe o conteúdo, mas salve o link e comunique imediatamente às autoridades competentes. O compartilhamento de material com cenas de abuso sexual infantil, mesmo com a intenção de denunciar, pode configurar crime conforme o ECA.
Especialistas alertam ainda para a importância da supervisão do uso da internet por crianças e adolescentes, especialmente em plataformas que permitem o envio de imagens e vídeos. A educação digital e o diálogo aberto entre pais, responsáveis e jovens são fundamentais para prevenir situações de risco.
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