
A Polícia Civil de Goiás prendeu, nesta terça-feira (14), um homem acusado de estupro de vulnerável contra uma criança de apenas 12 anos. A ação, denominada Operação Custos Vulnerabilis, foi deflagrada no município de Silvanópolis, no Estado do Tocantins, após uma força-tarefa entre a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Dpca) e a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), ambas de Luziânia, sob coordenação da 5ª Delegacia Regional de Polícia (DRP).
De acordo com as investigações, o crime ocorreu em Luziânia (GO) e envolveu diversos atos de abuso sexual cometidos contra uma mesma vítima, uma menina de 12 anos. A apuração começou a partir de uma denúncia anônima que relatava a ocorrência dos abusos. Durante o inquérito, a polícia reuniu provas que confirmaram a materialidade e a autoria dos crimes, apontando o investigado como responsável pelos atos.
Com a instauração do inquérito, o suspeito fugiu do município para tentar escapar da responsabilização penal. A Justiça, então, decretou a prisão preventiva do acusado.
A equipe da Dpca de Luziânia iniciou diligências intensas para localizar o paradeiro do foragido. O trabalho envolveu técnicas de investigação e troca de informações entre unidades policiais de dois estados, o que permitiu identificar que o homem estava escondido em Silvanópolis (TO).
Segundo a Polícia Civil, foram quatro meses de investigação ininterrupta, com acompanhamento constante de movimentações e cruzamento de dados. Assim que o endereço foi confirmado, foi planejada a deflagração da operação Custos Vulnerabilis, que significa “Protetores dos Vulneráveis” em latim.
A ação contou com apoio logístico da Polícia Civil do Tocantins, garantindo a prisão do investigado e o cumprimento do mandado judicial.
A Polícia Civil reforçou que a operação representa o comprometimento da instituição com a proteção de menores e o combate a crimes sexuais. Casos dessa natureza são tratados com prioridade pelas delegacias especializadas, especialmente diante da gravidade dos abusos cometidos contra vítimas em situação de vulnerabilidade.
De acordo com a Dpca, “a prisão do acusado demonstra que, mesmo após a fuga, a impunidade não prevalecerá, e a Justiça será feita em favor das vítimas”.
A corporação também ressaltou a importância de a sociedade denunciar casos de violência sexual, seja por meio do Disque 100, da delegacia mais próxima ou de canais digitais da Polícia Civil de Goiás. O sigilo das informações é garantido, e qualquer denúncia pode ser essencial para interromper ciclos de abuso.
Nos últimos anos, as delegacias de proteção à criança e ao adolescente de Goiás têm intensificado as ações contra crimes de exploração e abuso sexual. Operações como a Custos Vulnerabilis fazem parte de uma estratégia integrada de combate a delitos contra menores, com atuação conjunta entre estados.
A ação também reforça a necessidade de cooperação interestadual, já que muitos suspeitos fogem para outros estados na tentativa de escapar da Justiça. A integração entre forças policiais e o uso de tecnologia investigativa têm sido fundamentais para localizar e prender criminosos foragidos.
Casos de estupro de vulnerável são tipificados no artigo 217-A do Código Penal, com penas que podem chegar a 15 anos de reclusão, podendo ser aumentadas conforme as circunstâncias do crime.
Especialistas alertam que a maioria dos casos de abuso sexual infantil ocorre dentro do ambiente familiar ou entre pessoas próximas à vítima. Por isso, é essencial que familiares, educadores e profissionais de saúde estejam atentos a sinais de comportamento e denunciem suspeitas às autoridades.
Em Goiás, a Dpca e a Deam atuam de forma integrada com órgãos de assistência social e o Ministério Público para garantir atendimento psicológico e jurídico às vítimas e familiares.
A Polícia Civil reforça que, ao identificar qualquer suspeita de abuso, a população deve acionar imediatamente os canais de denúncia. “A proteção da infância é responsabilidade de todos nós”, enfatizou a corporação.
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