
A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia de Polícia de Cidade Ocidental – 5ª DRP, deflagrou nesta quinta-feira (2) uma operação conjunta com a Polícia Civil de São Paulo para combater um esquema de fraudes que lesou uma das maiores varejistas de produtos eletrônicos do país. Dois investigados foram alvos de mandados de busca e apreensão nas cidades de Campina Grande (PB) e Cidade Ocidental (GO).
De acordo com as investigações, o grupo criminoso burlava o sistema de cadastro interno da empresa, destinado ao fornecimento de produtos para seus colaboradores. Com o acesso indevido, os suspeitos realizavam compras de equipamentos eletrônicos de alto valor com descontos muito abaixo do preço de mercado.
A investigação teve início após uma auditoria interna realizada pela empresa vítima. O levantamento apontou que pessoas não autorizadas haviam criado cadastros falsos para efetuar compras irregulares. Com base nas informações fornecidas pela própria companhia, a Polícia Civil identificou a ação de dois suspeitos que, ao longo de meses, fizeram mais de 130 aquisições utilizando nomes de terceiros.
Segundo a PCGO, essa estratégia tinha como objetivo dificultar o rastreamento das transações fraudulentas. Após receberem os produtos, os investigados revendiam os itens em plataformas de comércio eletrônico, obtendo lucro a partir da diferença entre o valor pago e o preço de mercado.
As fraudes somaram um prejuízo estimado de R$ 300 mil à varejista. Para apurar os detalhes do esquema e reunir novas provas, a autoridade policial representou pela busca e apreensão nas residências dos investigados.
Durante a operação, os agentes apreenderam uma quantidade significativa de produtos eletrônicos, dinheiro em espécie e os celulares dos suspeitos, que agora serão periciados. O material recolhido será usado para aprofundar as investigações sobre o caso.
Os dois investigados responderão pelo crime de estelionato, conforme previsto no artigo 171 do Código Penal.
A ação integrada entre as polícias civis de Goiás e São Paulo foi fundamental para o avanço da investigação, já que parte das transações fraudulentas envolvia movimentações em diferentes estados.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, a cooperação interestadual permitiu a localização precisa dos envolvidos e a apreensão dos bens obtidos de forma ilícita. “Essa integração entre forças policiais é essencial para combater crimes que ultrapassam fronteiras geográficas e utilizam meios digitais para causar grandes prejuízos financeiros”, destacou.
O caso reforça a importância do monitoramento constante de sistemas internos de empresas e do fortalecimento das políticas de segurança cibernética. A PCGO tem intensificado o combate a crimes de estelionato e fraudes eletrônicas, que têm crescido com o avanço das compras online.
Autoridades policiais orientam empresas a adotarem mecanismos de verificação mais rígidos para cadastros internos e transações suspeitas. “Criminosos têm se aproveitado de brechas tecnológicas e de falhas humanas para aplicar golpes cada vez mais sofisticados”, alertou a corporação em nota.
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